segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Aula Rogério Toscano / 08 de setembro de 2008



NÓIS ERRA

Finalizamos nossos estudos sobre Dorotéia e Nelson Rodrigues e iniciamos os estudos sobre Plínio Marcos, a partir da obra “Dois Perdidos numa noite suja”. Palavras e histórias interessantes, contadas e até vivenciadas pelo Rogério Toscano. E a entrevista não rolou. Só se fosse com Tarô. E o Tarô também não rolou. Plínio na porta do Cultura Artística. Uma mesa/banca e a venda dos seus livros. A platéia rindo absurdamente dentro da sala de espetáculos. Choro no elevador. Entrega e leitura dos trabalhos. Enganos, não entendimentos, desentendimentos, erros e colagem. Cadê sua opinião... Quem é o tal do crítico Valmyr Júnior que escreveu: “Por isso, quando dizem que Antunes deve ser respeitado por seu magnífico trabalho teatral, ou dizem o mesmo de Fernanda Montenegro e congêneres, dou uma risadinha”. DEZ MINUTOS DE INTERVALO!!!

Por Fernando Gimenes.

domingo, 28 de setembro de 2008

Quem é Conchita de Moraes?


No primeiro ano de formação da F11, 2007, o nosso mestre de teoria, Alexandre Mate nos perguntou: Quem é Conchita de Moraes?

A única coisa que sabíamos é que era esse o nome do nosso teatro, o Teatro Conchita de Moraes, nossa casa, sede, ninho, local de tantas aulas, experimentos, reuniões.

Foi lançada então a provocação de pesquisarmos sobre quem foi Conchita!

A Anelise (ex-colega de turma) foi quem deu o ponta-pé inicial e conseguiu levantar alguns materiais sobre ela. Depois, outras pessoas da turma passaram a pesquisar também!

Ainda sabemos muito pouco, mas estendemos a provocação à toda comunidade ELT, para ajudar nessa pesquisa!

Para quem se interssar há um material guardado, é só pedir.

Abaixo, segue um pouco do que encontramos.



Conchita de Moraes


Nasceu em Cuba, em 27/08/1885. Atriz de teatro das mais respeitadas foi casada com Átila Moraes. Desta união nasceram: Edith, Dulcina, Odete, Ruth e Noêmia.

No teatro foram inúmeras montagens, entre elas: ESTA NOITE CHOVEU PRATA e AS ÁRVORES MORREM DE PÉ.

Pioneira da televisão do Brasil, Conchita “em 29 de abril de 1950, recebia do Governo Brasileiro a Comenda da Ordem do Cruzeiro do Sul como um tributo de admiração e agradecimento pelo que fez pelo teatro” lembra Dulcina de Moraes.

Já no cinema participou de filmes como 24 HORAS DE SONHO em 1941 e PUREZA de 1940, ambas de Chianca de Garcia; BOMBONZINHO em 1938, O GRITO DA MOCIDADE em 1937, BONEQUINHA DE SEDA de Oduvaldo Viana; e O BOBO DO REI em 1936 e AMOR DE PERDIÇÃO (longa, inacabado, 1913) de Francisco Santos.

Foi uma das fundadoras e animadoras da Fundação Brasileira de Teatro, em 07 de julho de 1955. Como homenagem à atriz, a “Sala Conchita de Moraes” foi inaugurada em 06 de agosto de 1991 no Teatro Dulcina em Brasília-DF.

Faleceu no dia 02/10/1962

Outras participações em espetáculos: Vida e Morte de Santa Teresinha do Menino Jesus (Rio de Janeiro - 1927)O Rei dos Piratas (Rio de Janeiro - 1930)Zazá (Rio de Janeiro - 1939)Deslumbramento (Rio de Janeiro - 1944)Tia Mame (São Paulo - 1962)

O MACROCOSMO E O MICROCOSMO NA REPRESENTAÇÃO POLÍTICA DE PLÍNIO MARCOS (p/ aula de teoria - Toscano)


“Escrevo muito depressa porque escrevo com raiva, com muita raiva do estado em que se encontra o povo brasileiro...” Plínio Marcos

Estará o ser humano fadado a uma eterna e desleal disputa em tornodo poder e de sua capacidade de dominar e subjugar o próximo? Assassinos, prostitutas, malandros e desajustados de todos os tipos vivem, diante dos olhos estatelados da platéia, situações de violência extrema e berram a sua angústia, a tortura da solidão, a miséria da decadência física, em tom de desafio, mas também na busca desesperada de um sentido para a vida. “Será que somos gente?” berra a prostituta. A pergunta, com outras palavras, foi repetida ao longo de toda a obra do escritor. Sem resposta.

Plínio Marcos (1935 – 1999) iniciou a sua carreira teatral em 1958, com “Barrela”, a peça provocou escândalos, mas foi em 1966 que o autor se tornaria conhecido e respeitado nacionalmente, com "Dois perdidos numa noite suja".
“Ver ‘Dois Perdidos Numa Noite Suja’ não é mole. Tem bastante humor pra gente descarregar a vergonha, o medo e a covardia que a honestidade do autor nos provoca. É a peça mais suja e cruel jamais escrita no Brasil. Por isso linda e necessária, importante e verdadeira”. Roberto Freyre

As peças seguintes: “Navalha na carne” (1967), “Balbina de Iansã” (1970), “Quando as Máquinas Param” (1971), “Abajur Lilás” (1975), “Querô” (1979), entre outras, foram encenadas, proibidas, perseguidas, louvadas, discutidas em nível moral, mas nunca ninguém duvidou de suas qualidades teatrais, a densidade dramática, a força lancinante dos diálogos. Por sua autenticidade, as peças de Plínio não perdem nada quando lidas. Podem até ganhar alguma coisa, permitindo uma pausa para pensar ou amenizar o impacto de sua crueza. A partir da década de 80, suas peças abraçaram temas religiosos e esotéricos, como “Madame Blavatsky” (1985) e “A Mancha Roxa” (1988). Plínio Marcos traz para o palco a linguagem crua e palpitante da miséria, da prostituição, da marginalidade, arrancando do imundo traços de humanidade. Suas peças, contos e romances-reportagens não mistificam o real, mas o reviram pelo avesso e demonstram um conhecimento profundo de seus meandros e segredos.

Plínio tinha um compromisso radical com o ser humano que a sociedade marginaliza, com uma fatalidade brutal. Consegue ainda colocar em questionamento os seguintes aspectos: público e privado, passado e presente, psíquico e social. Fazendo com que as personagens representadas saiam da representação cênica para o cotidiano social.

O universo de Plínio Marcos nos traz a realidade do submundo, visto de um ponto de vista que não é o do pobre contra o rico, mas o da classe microcosmica em si, que vive em seu pequeno mundo dentro de um Brasil cruel, onde um sapato vira o sentido da vida, sem um pisante a personagem Tonho (“Dois Perdidos Numa Noite Suja”) não tem condições de melhorar de vida dentro da sociedade em que vive e também não tem a ajuda do seu companheiro de quarto, que por sua vez tem o sapato, mas não o empresta. Ainda em “Dois Perdidos” a ação é colocada em cena trazendo um jogo de opressão, que em determinado momento muda de opressor.

Plínio Marcos bebe na fonte mais pura do realismo, tornando suas personagens, seres de carne e osso, com uma organicidade quase agressiva.Excluídos e cheios de desesperança, esses seres buscam por uma identidade qualquer que os torne menos marginais.Em termos políticos, a situação social do país não mudou muito, ou seja, há hoje mais gente vivendo no abandono e no desespero em que se apresentam as personagens de Plínio Marcos. Quem cruzar por este caminho poderá, investigar o que sobra do ser humano privado de liberdade e esperança. Sobra pouco, e no entanto, esse pouco ainda lhe pode ser tirado.Esse é o princípio que torna a obra de

Plínio Marcos contemporânea, revelando-nos na desesperança desses seres marginais a fé na reconstrução de algo melhor nesse mundo tão corrompido pela falta de ética e moral.

Na peça “Abajur Lilás”, as personagens percorrem uma trajetória que vai dar mais uma degradação física e normal até uma revolta pela existência dessa miséria que nos invade. Cafetões, prostitutas, mocós e o escambau, eis “Abajur Lilás”, a peça em que Plínio Marcos mergulhou com mais contundência no universo daqueles que vivem à margem da vida. O patético retrato do submundo se amplia para macrocomos do duro relacionamento na vida atual. Despidas de valores que transmitem transcendência á vida humana, as personagens exemplificam o horror da exploração, quando um se converte em objeto para o outro e só resta o gosto da miséria.

Os textos de Plínio são obras escritas há 30, 40 anos que retratam fielmente um Brasil que não aparece na mídia, que está fora da sociedade que não pertence à classe média consumista. Plínio sempre dá um tapa na cara de quem o admira e ri da pequenez de quem o abomina.

Em “A Mancha Roxa”, as detentas de uma sela em um presídio descobrem estar contaminadas pela AIDS e indignadas querem passar a doença para o mundo inteiro, eis que a frase “Pra cada uma, mil...” vira uma voz só dentro do presídio e tenta ser a resposta desesperada ao beco sem saída imposto pelo absurdo sistema carcerário, despreparado para resolver os menores problemas, quanto mais o risco de uma doença que assume proporções macrocosmicas.

Não é apenas nas peças que a força de expressão de Plínio Marcos se destaca. Livros de prosa como "Querô, uma reportagem maldita", "Na barra do Catimbó", "Prisioneiro de uma canção", entre outros, são considerados obras importantes, por sua linguagem e temática. Plínio Marcos não completou o curso primário e dizia que escrevia quando estava incomodado com alguma coisa. Seus textos incomodaram muita gente, e é justamente desse incômodo que sobrevive a boa literatura. Ele soube traduzir com sinceridade e beleza as falas dos que ficaram à margem da sociedade. Esteve sempre, como poucos, profundamente mergulhado na realidade, aquela que está além dos adjetivos fáceis e das tiradas engraçadinhas.

Se estivesse vivo, o dramaturgo Plínio Marcos completaria 73 anos em 2008. O autor entrou para história do teatro como “maldito” pelo conteúdo ácido e mordaz de seus textos que incomodavam a censura durante a ditadura militar, mas sempre atraíram crítica e público.

“Eu sou de Santos, sou da Baixada Santista. Sou quem sou porque sou de lá. Porque meu axé é plantado junto da minha gente e porque eu nunca esqueço os compromissos assumidos na esquina do meu velho quarteirão.” Plínio Marcos


Por: Angela Maria Prestes e Thiago Nascimento

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Dia 26/09/08 - Aula de Música - Mestre Cris Gouveia

Sexta-feira!!! Hoje é dia de música (leia-se: DIVERSÃO)! E pra toda boa diversão, é bom se preparar antes. Alonga, estica, puxa, respira, senta, levanta, anda... Deixe-nos ir, precisamos andar, ir por aí, a procurar rir pra não chorar.

Rir do grande embate de egos, rir da nossa falta de escuta, rir das falas por cima das outras falas, rir da roda "de dentro" e da roda "de fora". Rir, pra não chorar.

Mas, de verdade, bom mesmo foi rir naquele fim de aula, rir do nosso esforço em tentar nos harmonizar e da alegria que foi conseguir. Rir daquela bodega. Rir pra gargalhar. Rir da bangalafumenga. Rir da minha fome, doida pra comer pitomba, pitanga, umbu, cajá, maracujá. Uma rapadura também ia bem. Rir do jogral, brega e chinfrim. Rir da nossa noite de festa, saudades de algum Carnaval. Rir de saudades do futuro que nos espera.

Ah, gente, vai? No fundo foi muito engraçado ver aquela bagunça toda e a gente achando que não tinha jeito. A gente precisava se encontrar pra poder voltar. Pra que pressa, pra quê?

Quase fim da aula. Grilo cantou pra nascer, pra viver: Cana, café, cana, café, cana, café... Emocionante. De dentro. Vivo. Esse é o menino das Gerais! Ou seria de Quixeramobim?


Preciso me encontrar
Cartola

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar...
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar...Depois que me encontrar...Depois que me encontrar...


Aila Rodrigues

A formação do Teatro de Arena em São Paulo e seus desdobramentos históricos (trabalho feito para a aula de teoria, mestre Rogério Toscano, 15/09/08



O Teatro de Arena foi fundado na cidade de São Paulo, em 1953, como uma alternativa à cena teatral da época, que tinha em destaque o TBC – Teatro Brasileiro de Comédia, com um repertório iminentemente internacional, com produções sofisticadas e que dialogavam pouco com a realidade nacional. Para além disso, o TBC consolidara-se como uma companhia estável, com sede própria e um repertório de peças com unidade de realização artística, quadro esse inédito na cidade de São Paulo.



Influenciado pelos moldes do TBC e pela vivência na Escola de Arte Dramática, José Renato Pécora, juntamente com outros alunos da EAD, lança uma nova proposta de espaço cênico, com a montagem da peça O Demorado Adeus, de Tennessee Williams em formato de arena. Apesar de a peça, encarada por muitos como exercício cênico apenas, não ter explorado toda gama de possibilidades que este novo espaço cênico oferecia, ela foi o primeiro movimento para a criação do Teatro de Arena, dois anos depois.
Em 1953, José Renato começa a traçar o que seria o Teatro de Arena.

Mais do que um grupo ou uma companhia estável, era um espaço de transformação do teatro brasileiro. A escolha por este espaço em arena se deu inicialemente não por uma subversão estética, mas sim pela necessidade de uma alternativa às poucas e caras salas de espetáculo que existiam em São Paulo. Também, por permitir montagens mais baratas (pela ausência de grandes cenários e indumentária) e pela mobilidade do espetáulo teatral, pela flexibilidade do uso do espaço, podendo alcançar diferentes lugares da cidade, inclusive os mais periféricos que não tinham edifícios teatrais. Essas características por si só, são reflexo do posicionamento econômico, político e engajado desse novo fazer teatral.


O espaço cênico da arena privilegia o trabalho do ator, e não mais a encenação. Pelo formato do espaço, com a platéia concêntrica, não há mais o uso de grandes cenários, que é substituido por elementos cênicos essenciais para a peça, com o cuidado de não atrapalhar a visão do espectador. Com isso, ganham destaque a luz e o som, que compõe mais ativamente o espetáculo, substituindo a função das coxias e cortinas, e também definindo o começo e o fim do espetáculo.



“A modernidade da proposta parece implícita na organização da companhia: o teatro em arena deve introduzir um repertório atualizado, em dia com todas as experiências inovadoras da dramaturgia mundial. Significativamente, as primeiras produções delineiam uma afinidade de peças contemporâneas de estilo marcadamente intimista, que exigem uma execução cuidadosa dos detalhes das personagens.” (Mariangela Alves de Lima)


Com o tempo, a companhia passou a refletir sobre a possibilidade de novas peças serem encenadas neste formato, e não mais apenas as de caráter intimista. Também trouxeram para a cena, textos de cunho social e com temáticas nacionalistas, culminando com a montagem da peça Eles não usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri, em 1958. Foi o primeiro texto montado no Brasil em que os operários e a favela eram os temas centrais da peça, sendo protagonistas da ação. O sucesso da peça, que ficou mais de um ano em cartaz, abriu espaço para o surgimento de um movimento chamado Seminários de Dramaturgia, sugerido por Augusto Boal, que tinha por objetivo revelar e expor a produção de novos autores. Daí, destacaram-se entre outros, Oduvaldo Vianna Filho, o Vianninha.

A partir daí, além de buscar uma dramaturgia nacional, o Arena passou a incentivar a nacionalização dos clássicos. Nessa fase, a companhia passa a contar com a colaboração assídua de Flávio Império na criação de cenários e figurinos.

Na excursão carioca de “Eles não usam Black-Tie”, Oduvaldo Vianna Filho e Milton Gonçalves deixam a companhia mais tarde criam os CPCs da UNE (Centros Populares de Cultura), iniciando uma nova fase da produção teatral, militante e engajada.

Depois deles, José Renato deixa a companhia em 1964 para dirigir o TNC – Teatro Nacional de Comédia do Rio de Janeiro, deixando à frente do Arena, Guarnieri e Boal. Com a nova realidade política do país, eles repensam o repertório (estavam então com a peça Tartufo, de Moliére). É preciso algo novo, para responder à nova situação e driblar a censura, que proíbe a representação de peças brasileiras realistas que faziam parte do repertorio da companhia.

Em 1969, quem desliga-se do Teatro de Arena é Guarnieri. Em 1971, quando montava Arena conta Bolívar, Boal é preso e exilado, ficando a companhia sob responsabilidade do seu autor, Luis Carlos Arutin.

Por fim, em 1972, o Arena fecha suas portas como companhia e o espaço passa às mãos do extinto SNT – Serviço Nacional de Teatro. A partir dos anos 90 e com o nome de Teatro Experimental Eugênio Kusnet, a sala da Rua Teodoro Baima abriga elencos de pesquisa da linguagem teatral.



O Teatro de Arena transformou o fazer teatral brasileiro, influenciando até hoje inúmeras companhias e dramaturgos. Ele abriu o espaço não só cênico, quebrando as barreiras do palco italiano, mas também espaço para pensarmos num teatro nacional, mesmo que ainda centrado na esfera política.



“ Nóis não usa os bleque tais” (samba de Adoniran Barbosa para a peça Eles não usam Black-Tie)



O NOSSO AMOR É MAIS GOSTOSO

NOSSA SAUDADE DURA MAIS

O NOSSO ABRAÇO MAIS APERTADO

NÓIS NÃO USA AS BLEQUE TAIS


MINHAS JURAS SÃO MAIS JURAS

MEUS CARINHO MAIS CARINHOSO

SUAS MÃO SÃO MÃOS MAIS PURAS

SEU JEITO É MAIS JEITOSO

NÓIS SE GOSTA MUITO MAIS

NÓIS NÃO USA AS BLEQUE TAIS
Por: Ana Sharp, Alexandre Maldonado e Letícia Leal

Dia 19/09/08 - Aula de Música - Cris Gouveia

Bom, sexta-feira, aula do Cris.Começamos com recados (como sempre) e depois com o bom aquecimento corporal, articulações acordadas e tal.Fomos para outro aquecimento diferente, apresentado para o mestre por Lúcia Gayoto (outra mestra da ELT), onde falamos certas consoantes e fazendo movimentos que "desenham" o som delas... rsDepois caminhamos pelo espaço da sala e fizemos outro exercício: falar algum texto dando valor mais para as consoantes, para destacá-las, para não deixar a palavra passar despercebida. Aliás, estamos fazendo muitos exercícios que estão dando muito valor à nossa palavra, pra que ela caiba na nossa boca, como diz a nossa mestra Denise Weinberg.Fomos para a próxima parte: cantar mais uma vez a música FADO TROPICAL, de Chico Buarque e Ruy Guerra. Cantamos e depois fizemos uma "improvisação" coletiva com a música. Tínhamos que estar em um barco em algumas etapas: primeiro, estar na situação de navegação há muito tempo em alto mar, depois passar por uma tempestade e, depois, estar na situação de conseguir chegar em algum lugar onde estivéssemos seguros. Diga-se de passagenm, foi muito engraçado.Intervalo.Temos trabalhos à fazer sobre a historia do samba, onde fomos divididos em grupos em outra aula e, à partir desse dia (19), temos uma hora de aula pra conversar e realizar o trabalho com o grupo todo. O meu grupo (feminino no samba) está ótimo!!! modéstia à parte, é claro... rsFizemos uma roda pra fechar a aula.Aula fechada... rsBeijos e beijos à todos.

Dia 15/09/08 - Aula Teoria - Rogério Toscano

Hoje é dia 15 de Setembro. Uma Segunda Feira.
Segunda Feira = Aula do Rogério.
Aula do Rogério = Dia de algumas Expectativas. (Ainda mais Hoje!).
Hoje chegaremos, iremos para o galpão, leremos o nosso trabalho (Meu, da Ana e do Malda), falaremos sobre o Teatro de Arena em São Paulo e então PRÁTICA.

Mas...Mudança de Plano:
Lembrei-me que hoje é dia de Assembléia.

Então...
Chegaremos, iremos para o Palco, falaremos sobre o andamento das comissões da escola e depois sim, iremos para o galpão, leremos o nosso trabalho, falaremos sobre o Teatro de Arena em São Paulo e então a PRÁTICA.

Porém...Mudança de Plano novamente:
O Rogério trouxe um texto extra sobre o tema da aula (Teatro de Arena).

Então...
Chegamos, fomos para o palco, falamos sobre o andamento das comissões da escola, fomos para o galpão e começamos a ler o texto extra.
E lê o Texto. E lê o Texto. E lê o Texto...
Um por Um. Já melhoramos bastante, mas...Ôôô a Leitura ta ruim pra caralho!
E lê mais um pouco. E lê mais um pouco. E lê mais um pouco...
Depois de ler o texto, leremos o nosso trabalho, comentaremos um pouco sobre os dois em relação ao Teatro de Arena e enfim a tão esperada PRÁTICA.

Entretanto... Mudança de Plano!
Vamos agora para: Questões sobre o Teatro de Arena.
E pergunta, E responde, E entende, E discute...

Então...
Ai, acho que tô ansiosa. Respira, respira!
(...)

Não vai dar tempo de ler o nosso trabalho
Poxa! Conferi dez vezes todas as vírgulas, os pontos e os acentos das proparoxítonas, paroxítonas e oxítonas! Mas...
...Quando a palavra é Paroxítona o acento vai aonde mesmo?
Acho que é na... É na...Ou pode ser na...Caramba! Ouvi tanto isso! Bem...A nova lei ortográfica anula qualquer acento em quaisquer Proparoxítonas, Paroxítonas e Oxítonas OXIDANTES mesmo!
Enfim...Tudo Bem. Tudo Bem.

(...)
Uma horinha só pra PRÁTICA vai sobrar. Nem teve intervalo ainda...Vai sobrar, haaa vai sobrar Sim!

Como? Hão? Não entendi.
Dez e Quarenta já?
Não...não é possível!
Ta, ta! Já entendi, deixa a PRÁTICA pra próxima Aula.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

segunda-feira 22/09/2008 aula do Rogério Toscano

Semi-circulo. Marcelino Freire. III Invasão. Como está o processo?? Impressões. Dúvidas. Inquietações. Silêncio. Arena conta Tiradentes. Método Coringa. Leitura de trabalhos. Debates. Dúvidas. Silêncio. Intervalo. 15 minutos."Voltar com a roupa de trabalho". Levar as cadeiras. Mudança de sala: de galpão para sala 01. Prontidão. Expectativa. Circulo. Recados. Sesc Santo André. Nomes na lista. Alongamento. Expressões. Movimento pela sala. Corpos em silêncio ativo. Duplas. Observação. Dinamicas. Exercícios para casa. Dupla. 05 sequências. Você vai? Vou! Não vai. ... !!.

Vivi Palandi

Relato do dia : 17/09/2008 - Aula de Interpretação

Foi assim...

Começamos com um seminário na aula de interpretação... o mestre do "dia" era o Alex Tenório.

O seminário foi sobre as peças psicológicas de Nelson Rodrigues. As meninas (Suelen, Débora e Letícia) somaram com uma cena de Valsa n°6 ... o seminário também contou com a contribuição de Grilo e Viviane com leitura dramática do texto Anti Nelson.

O grupo fez observações(de cada peça psicológica) pautadas no livro " OTeatro da obsessão" de Sabato Magaldi.

Ao fim do seminário, demos continuidade a aula, cada qual com sua dupla para o exercício de "cadeira elétrica" , termo usado para um exercício específico de interprertação.

No fim da noite, o Alex disse:" Ok. pessoal, vamos finalizar" - pensei: " mas já?"

Passou rápido...nem sentimos... foi uma sensação geral... Eu sinto.

Sim. agora eu sinto...

A vontade de estar...
O colocar em prática...
O fazer parte...

Sim. eu sinto!

Suelen Santana F11

Dia 16/09/2008 - Aulas de interpretação com Alex Tenório

"Continuamos a estudar as palavras dos textos escolhidos de Nelson Rodrigues.
Alex propôs alguns temas para que as cenas se encaixassem: ciúmes, irmãs, e pactos. Temas freqüentes nos textos de Nelson.
“Gostei de ter alguns temas como norte, não no sentido de limitar, ate porque estes temas não estão fechados, mas de trazer uma certa “unidade” no geral”.
Depois do aquecimento com o bastão, fizemos o trabalho da imagem da palavra ampliando os gestos, o corpo. “No primeiro momento me parece muito abstrato e, ao mesmo tempo, abre alguma porta tornando menos fora da boca o texto”.
Em seguida o exercício da cadeira elétrica, reduzindo ao mínimo os gestos e intenções, trazendo uma certa orgânicidade para os textos."

Fabricio Z.


"18h30, cadê todo mundo? alguns conversando, outros alongando, outros baforidos, pois estão chegando atrasados. O Alex já pronto pra começar a aula - só aguardando todos estarem "de verdade" na sala. Ele pediu para pegarmos bastões e deixarmos no canto das paredes, e assim foi feito. Andamos pela sala, andamos mais um pouco e andamos de várias formas, ora parando, ora se observando. Pegamos nossos bastões e fizemos um circulo. Estabelecemos o silêncio, a atenção e iniciamos a dinamica. Hoje foi bem especial, o bastão caiu pouquissimas vezes, estávamos bem atentos. Saímos da dinâmica e fomos trabalhar em dupla. Cada um com seu parceiro, outros em trio, alguns sós, outros: o que tem que fazer mesmo?? Pegamos os textos do Nelson Rodrigues com a Dona Bete e iniciamos o trabalho. Fizemos o exercício da atitude, e o da cadeira elétrica. Trabalhamos. O Alex sempre por perto para dar toda a assitência e orientação necessária. Ficamos bem a vontade na sala para experimentarmos. Muito bom!! INTERVALO. Fizemos de costume nosso pequeno intervalo, bem descontraído. Voltando para a sala, continuamos a trabalhar nos mesmos exercícios. No final da aula o Alex pediu uma roda e nos sentamos para trocarmos experiência. Algumas pessoas falaram de como foi, o Alex deu sua impressão e ficamos bem satisfeito. A Livia Aleana pediu para que todos deixassem suas cenas anotadas com ela, pois iria ser encaminhado para a Denise por e-mail, assim foi feito. Terminada a aula, todos em suas rotinas novamente, se despediram. Tchau; até amanhã; beijos; aí esqueci de falar tchau pra vc; amanhã tem seminário heim, 15h30 ou 16h? aí que frio!."

Viviane Palandi

Data: 11/09/2008 - Aula de corpo - Mestre: Thiago Antunes

" É. Nhor sim. Ã-hã, quer entrar, pode entrar.. . Hum, hum. Mecê sabia que eu moro aqui?"

Aquecimento individual. Aquecimento coletivo. Duplas aquecidas e prontas para o jogo.
Continuando o trabalho com o texto de Guimaraes Rosa " Meu tio Iauaretê". A aula do dia 11 foi bem objetiva. Após o aquecimento as duplas das cenas se dividem.
Algumas duplas saem da sala 1 e vão repensar o espaço e os elementos escolhidos das respectivas cenas e outras permanecem na sala 1 para dar sequência ao trabalho.
Fizemos os tópicos de todas as ações físicas executadas na cena e após isso fizemos a cena narrando todas essas ações; depois escolhemos cinco ações fisicas da cena que são executas individualmente para trabalharmos na próxima aula.


Vânia Lima

Terça-feira, dia 09/setembro. Aula de Interpretação.

Interpretação.
Na semana anterior o Alex escolheu cenas de peças do Nelson e dividiu duplas. Trabalhamos a "imagem da palavra", e fomos diminuindo até os movimentos ficarem pequenos.
Nessa aula aquecemos rapidamente com as próprias cenas e apresentamos para a Denise. Ela observou nas cenas onde havia jogo ou não, e observou como em uma fala do Éric era muito claro o caminho do exercício, como estava preechida de imagem a fala dele. Isso levou bastante tempo da aula. Depois nós fizemos uma roda e conversamos.